O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo (excluindo os casos de pele não melanoma). De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de 74 mil novos casos por ano entre 2023 e 2025, representando cerca de 30% de todos os diagnósticos femininos de câncer no país.
Apesar de assustar, o diagnóstico precoce pode salvar vidas e é justamente aqui que a informação se torna uma ferramenta poderosa.
O que é o câncer de mama?
O câncer de mama acontece quando células da mama sofrem mutações e começam a crescer de forma descontrolada, formando um tumor que pode ser benigno ou maligno.
Quando maligno, pode invadir tecidos próximos ou se espalhar para outras partes do corpo (metástase).
Existem diferentes tipos, sendo os mais comuns:
- Carcinoma ductal invasivo: começa nos ductos da mama e pode se espalhar.
- Carcinoma lobular invasivo: começa nos lóbulos produtores de leite.
Fatores de risco: por que algumas mulheres têm mais chances?
Alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolver a doença. Entre eles:
- Idade: risco maior após os 50 anos.
- Histórico familiar e genético: mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 elevam consideravelmente o risco.
- Primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa tardia (após os 55 anos).
- Uso prolongado de reposição hormonal sem acompanhamento médico.
- Excesso de peso, sedentarismo e consumo de álcool.
Vale lembrar: ter fatores de risco não significa que você terá a doença, mas aumenta a probabilidade.
Sintomas: o que observar no corpo?
Nem sempre o câncer de mama apresenta sintomas no início. Mas alguns sinais de alerta incluem:
- Caroço ou nódulo endurecido na mama ou na axila.
- Alterações no formato ou tamanho da mama.
- Secreção anormal no mamilo (especialmente com sangue).
- Pele da mama avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja.
- Coceira ou dor persistente em uma região específica.
Atenção: a maior parte dos nódulos nas mamas não é câncer, mas apenas exames médicos podem confirmar.
Diagnóstico precoce: a grande chave
A detecção precoce pode aumentar em até 95% as chances de cura, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia.
Principais exames:
- Mamografia: indicada a partir dos 40 anos (em alguns casos até antes, quando há histórico familiar).
- Ultrassom de mama: usado para complementar o diagnóstico, principalmente em mulheres jovens.
- Ressonância magnética: indicada em casos específicos de alto risco.
Descobri que tenho câncer de mama: e agora?
Receber o diagnóstico de câncer de mama costuma vir acompanhado de um misto de medo, incerteza e ansiedade. É normal que os primeiros pensamentos sejam: “Será que vou sobreviver?”, “E minha família?”, “Como será o tratamento?”.
Esse impacto emocional é tão importante quanto o físico, porque influencia diretamente na forma como a paciente enfrentará a jornada.
O que fazer nos primeiros passos:
- Procure informação de qualidade: cuidado com pesquisas aleatórias na internet. Confie em seu médico e em instituições sérias como o INCA e a Sociedade Brasileira de Mastologia.
- Monte uma rede de apoio: família, amigos e até grupos de pacientes ajudam a enfrentar os dias difíceis. Estudos mostram que pessoas com rede de apoio estruturada têm melhor adesão ao tratamento e maior qualidade de vida.
- Permita-se sentir: medo, tristeza e raiva são sentimentos comuns. Não se cobre “ser forte o tempo todo”.
- Considere apoio psicológico: a psico-oncologia é uma especialidade voltada justamente para ajudar pacientes a lidar com o impacto emocional do câncer.
- Converse com seu médico sobre o plano de tratamento: entender cada etapa traz mais segurança e reduz a sensação de descontrole.
Como manter a positividade durante o tratamento:
- Pratique atividades prazerosas: ouvir música, ler, meditar ou caminhar.
- Celebre pequenas vitórias: cada exame, cada etapa vencida merece reconhecimento.
- Alimente-se de forma saudável: não apenas para o corpo, mas também para o bem-estar mental.
- Aceite ajuda: não é sinal de fraqueza, e sim de autocuidado.
Tratamentos: cada caso é único
O tratamento depende do estágio da doença, do tipo de tumor e das características individuais da paciente. Entre as opções estão:
- Cirurgia (retirada parcial ou total da mama);
- Radioterapia;
- Quimioterapia;
- Terapias hormonais e medicamentosas, como bloqueadores de receptores de estrogênio.
Nos últimos anos, a medicina tem avançado muito com terapias-alvo e imunoterapia, oferecendo maior eficácia e menos efeitos colaterais em alguns casos.
Prevenção: o que você pode fazer
Não é possível evitar todos os casos, mas é possível reduzir riscos:
- Mantenha uma alimentação equilibrada.
- Pratique atividade física regularmente.
- Reduza o consumo de álcool.
- Evite o tabagismo.
- Faça acompanhamento médico periódico.
Para refletir
O câncer de mama não é apenas uma doença, mas uma experiência de vida que impacta corpo, mente e emoções. O diagnóstico pode assustar, mas informação, prevenção e acompanhamento médico são aliados poderosos.
Na Drogaria São Carlos, acreditamos que saúde é muito mais do que tratamento: é acolhimento, informação e cuidado contínuo. Conte conosco nessa jornada.
