Viver com diabetes exige atenção diária não apenas com a alimentação, mas também com o uso correto dos medicamentos e os hábitos de vida. Apesar dos avanços no tratamento, ainda existem muitos mitos e práticas perigosas que colocam em risco a saúde de quem tem a doença.
Neste artigo, você vai entender o que o diabético deve evitar, como funcionam os principais medicamentos e quais produtos do dia a dia exigem cuidado redobrado.
O que o diabético não deve fazer
Um dos maiores erros é acreditar que basta “evitar açúcar”. A verdade é que os carboidratos simples como pão branco, macarrão, arroz comum e refrigerantes também elevam rapidamente a glicose no sangue.
Além disso, outros hábitos merecem atenção:
- Pular refeições: pode causar hipoglicemia (queda de açúcar no sangue).
- Consumir álcool em excesso: interfere na ação dos medicamentos e pode mascarar sintomas de hipoglicemia.
- Abandonar o tratamento: mesmo que os níveis de glicose melhorem, a interrupção dos remédios sem orientação médica é perigosa.
- Sedentarismo: a falta de atividade física dificulta o controle da glicemia e o emagrecimento.
Tipos de medicamentos para o diabetes
O tratamento do diabetes é individualizado depende do tipo (1 ou 2), dos níveis de glicose, peso corporal e até da presença de outras doenças associadas, como hipertensão e colesterol alto.
Os principais grupos de medicamentos são:
1. Insulina
Essencial no tratamento do diabetes tipo 1 e, em alguns casos, no tipo 2.
A insulina substitui o hormônio que o corpo não consegue produzir adequadamente, ajudando a controlar os níveis de glicose no sangue. Existem vários tipos, como a insulina regular, NPH e as análogas de ação rápida ou prolongada, que permitem maior controle e menos oscilações na glicemia.
2. Metformina
É o medicamento oral mais prescrito no diabetes tipo 2.
Ela melhora a sensibilidade à insulina, reduz a produção de glicose pelo fígado e ajuda no controle do peso. Geralmente, é o primeiro passo no tratamento medicamentoso.
3. Sulfonilureias
Medicamentos como glibenclamida, gliclazida e glimepirida estimulam o pâncreas a produzir mais insulina. São eficazes, mas podem causar hipoglicemia e ganho de peso se não forem usados corretamente.
4. Inibidores da DPP-4 e SGLT2
Essas são classes mais modernas que oferecem benefícios adicionais:
- Os inibidores da DPP-4 (como sitagliptina, vildagliptina e linagliptina) ajudam a prolongar o efeito dos hormônios que regulam o açúcar no sangue.
- Os inibidores de SGLT2 (como empagliflozina e dapagliflozina) fazem com que o excesso de glicose seja eliminado pela urina e ainda protegem o coração e os rins.
5. Análogos de GLP-1 (Wegovy, Ozempic, Saxenda, Trulicity, Rybelsus)
Essa é a classe que mais tem se destacado nos últimos meses.
Os análogos do GLP-1 são medicamentos que imitam o hormônio GLP-1, responsável por estimular a secreção de insulina e controlar o apetite.
Eles reduzem a glicemia, ajudam na perda de peso e oferecem proteção cardiovascular, sendo indicados especialmente para pessoas com diabetes tipo 2 e obesidade.
Estudos mostram que o uso de análogos de GLP-1 pode:
- Reduzir a hemoglobina glicada (HbA1c) em até 1,5 ponto percentual;
- Promover perda de peso de 5% a 15% do peso corporal;
- Diminuir o risco de infarto e AVC em pacientes com histórico de doença cardiovascular.
Os mais conhecidos incluem:
- Ozempic (semaglutida injetável)
- Rybelsus (semaglutida oral)
- Trulicity (dulaglutida)
- Saxenda (liraglutida, voltada ao controle de peso)
- Wegovy (semaglutida em doses maiores, para obesidade)
Importante: embora ofereçam ótimos resultados, esses medicamentos devem ser usados apenas com prescrição médica e acompanhamento regular, já que podem causar náuseas, diarreia, constipação e, em casos raros, pancreatite.
Atenção: produtos e medicamentos do dia a dia que o diabético deve evitar
O diabetes pode afetar a sensibilidade da pele, a circulação e a cicatrização, por isso alguns produtos aparentemente inofensivos podem causar danos. Veja os principais cuidados:
Pomadas e cremes irritantes
- Evite produtos com álcool, cânfora, mentol, ácido salicílico ou ureia acima de 10%. Essas substâncias podem ressecar, irritar ou causar pequenas feridas, especialmente nos pés e pernas, regiões de cicatrização mais lenta.
Remédios que alteram a glicose
Alguns medicamentos comuns podem interferir no controle da glicemia, como:
- Corticoides (ex: prednisona, dexametasona);
- Diuréticos tiazídicos;
- Anticoncepcionais hormonais;
- Certos antidepressivos e antipsicóticos.
Sempre informe ao médico ou farmacêutico que você tem diabetes antes de iniciar qualquer tratamento, mesmo que pareça algo simples.
Antissépticos agressivos
Evite o uso de álcool líquido em feridas ou cortes. Prefira soro fisiológico ou produtos específicos para limpeza de feridas, indicados por um profissional de saúde.
Prefira produtos indicados para diabéticos
- Cremes hidratantes com ureia até 10% ou com óleo de amêndoas, glicerina e ceramidas;
- Sabonetes suaves e sem álcool;
- Meias sem costura e calçados confortáveis para evitar ferimentos.
Alimentos aliados e inimigos
O foco deve ser em uma alimentação equilibrada, rica em fibras, proteínas magras e gorduras boas.
Boas escolhas:
- Verduras, legumes e frutas com baixo índice glicêmico (como maçã e morango);
- Grãos integrais;
- Peixes e carnes magras;
- Oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas).
Evite:
- Refrigerantes e sucos industrializados;
- Doces, bolos e ultraprocessados;
- Frituras e embutidos;
- Farinhas refinadas e fast food.
O papel da mente no controle do diabetes
O estresse e a ansiedade também influenciam os níveis de glicose no sangue.
Por isso, cuidar da saúde mental é fundamental: pratique exercícios, mantenha uma boa rotina de sono e, se necessário, procure apoio psicológico.
Manter o controle do diabetes é um desafio diário, mas com informação e cuidado é possível viver com qualidade. Na Drogaria São Carlos, você encontra medicamentos da Farmácia Popular, produtos para controle glicêmico, hidratantes específicos para diabéticos e atendimento orientado para te ajudar a seguir o tratamento corretamente.


